MAS NO MEU TEMPO ... POR JULIANA YUME
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Créditos: Victor Moura |
Você só quer chamar atenção. Esse cabelo colorido, essas tatuagens... Parece que você se esforça para se enfeiar. Faltou um abraço dos seus pais? Isso é carência. Pelo menos é só uma fase, os jovens são assim mesmo, querem se rebelar. É rebeldia da época. Logo ela toma jeito. Ele não é gay não, imagina. Isso é só modinha do momento. Hoje em dia todo mundo é gay e ele quer se sentir incluído. Eu acho um absurdo, essa juventude é muito sem vergonha. No meu tempo não tinha isso não. Esse aí faltou apanhar pra virar homem. Você viu que a filha da Maria ficou grávida? Pois é menina, nessa idade. Agora vai ter que casar, claro, acha que vai continuar na vida boa? Vai ter que arcar com as consequências agora. Na hora tava bom, né? Agora quer fugir das responsabilidades. Essa mulherada é muito sem vergonha mesmo. Só arranja homem vagabundo e depois ainda reclama. Na minha época não era assim não, minha avó criou sete filhos. E casou nova, acredita, com 15 anos, e já se saiu tão bem. O primeiro filho ainda nasceu de 7 meses, coitadinha. Criou os filhos sozinha, meu avô trabalhava muito. Ele saia muito também, arranjou uma penca de filhos por aí, até largou minha avó. Homem é assim mesmo né, vamos fazer o que? Mas minha avó passou por isso, e tá aí viva. Porque na minha época não era assim não. Meu tio, quando ainda era criança e começou com essas conversinhas de ser homossexual apanhou um monte. Vê se trouxe namoradinho pra casa algum dia? Mais nunca! Foi bem educado. Uma pena que esteja sozinho até hoje. Mas hoje em dia, também né, está tudo uma bagunça. Esse mundo está perdido. No meu tempo não era assim.
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